quarta-feira, 29 de setembro de 2010

NOSSOS MOMENTOS (VÍDEO RECORDAÇÃO)


sábado, 25 de setembro de 2010

REFLEXÃO: MORANGOS

MORANGOS

Talvez, ao me ouvir falar em felicidade, você pergunte se eu não tenho problemas, se tudo dá sempre certo para mim, se nunca passei por uma grande dificuldade que me tenha deixado marcas, como ocorre coma maioria das pessoas.
É claro que sim, sou como todo mundo. Tenho angústias, fico estressado, as pessoas às vezes me traem, mas eu procuro comer os morangos da vida.
Um sujeito estava caindo em um buraco e se agarrou às raízes de uma árvore. Em cima do barranco havia um urso imenso querendo devorá-lo.
O urso rosnava, mostrava os dentes, babava de ansiedade pelo prato que tinha à sua frente. Embaixo, prontas para engoli-lo, quando caísse, estavam nada mais nada menos do que seis onças tremendamente famintas.
Ele erguia a cabeça, olhava para cima e via o urso rosnando. Quando o urso dava uma folga,
Ouvia o urro das onças, próximas dos seus pés. As onças embaixo querendo comê-lo e o urso em cima querendo devorá-lo.
Em determinado momento, ele olhou para o lado esquerdo e viu um morango vermelho, lindo, com aquelas escamas douradas refletindo o sol. Num esforço supremo, apoiou seu corpo, sustentado penas pela mão direita, e, com a esquerda, pegou o morango.
Quando pôde olhá-lo melhor, ficou inebriado com sua beleza. Então, levou o morango à boca e se deliciou com o sabor doce e suculento. Foi um prazer supremo comer aquele morango tão gostoso. Deu para entender?
Talvez você me pergunte: “Mas, e o urso?”
Dane-se o urso e coma o morango!
“E as onças?”
Azar das onças coma o morango! Se ele não desistir, as onças ou o urso desistirão.
Às vezes, você está em sua casa no final de semana, com seus filhos e amigos, comendo um churrasco.
Percebendo seu mau humor, sua esposa ou seu marido lhe diz: “Meu bem, relaxe e aproveite o Domingo!”
E você, chateado, responde: “Como posso curtir o Domingo se amanhã vai ter um monte de ursos querendo me pegar na empresa?”
Relaxe e viva um dia por vez: Coma o morango. Problemas acontecem na vida de todos nós, até o último suspiro.
Sempre existirão ursos querendo comer nossas cabeças e onças a arrancar nossos pés. Isso faz parte da vida e é importante que saibamos viver dentro desse cenário.
Mas nós precisamos saber comer os morangos, sempre. A gente não pode deixar de comê-los só porque existem ursos e onças. Você pode argumentar: “Eu tenho muitos problemas para resolver”. Problemas não impedem ninguém de ser feliz.
O fato de ter que conviver com chatos não é motivo para você deixar de gostar de seu trabalho. O fato de sua mulher estar com
Tensão pré-menstrual ou seu marido irritado com o dia-a-dia não os impede de tomar sorvete juntos.
O fato de seu filho ir mal na escola não é razão para não dar um passeio pelo campo.
Coma o morango, não deixe que ele escape. Poderá não haver outra oportunidade de experimentar algo tão saboroso. Saboreie os bons
Momentos. Sempre existirão ursos, onças e morangos. Eles fazem parte da vida.
Mas o importante é saber aproveitar o morango. Coma o morango quando ele aparecer. Não deixe para depois. O melhor momento para ser feliz é agora. O futuro é uma ilusão que sempre será diferente do que imaginamos.
As pessoas vêem o sucesso como uma miragem. Como aquela história da cenoura pendurada na frente do burro que nunca a alcança. As pessoas visualizam metas e, quando as realizam, descobrem que elas não trouxeram felicidade.
Então, continuam avançando e inventam outras metas que também não as tornam felizes.
Vivem esperando o dia em que alcançarão algo que as deixará felizes. Elas esqueçem que a felicidade é construída todos os dias. Lembre-se: A felicidade não é algo que você vai conquistar fora de você...

REFLEXÃO: A TIGELA DE MADEIRA

A TIGELA DE MADEIRA

Um senhor de idade foi morar com seu filho, nora e o netinho de quatro anos de idade. As mãos do velho eram trêmulas, sua visão embaçada e seus passos vacilantes.
- “Precisamos tomar uma providência com respeito ao papai”, disse o filho.
- “Já tivemos suficiente leite derramado, barulho de gente comendo com a boca aberta e comida pelo chão.”
Então, eles decidiram colocar uma pequena mesa num cantinho da cozinha, ali, o avô comia sozinho enquanto o restante da família fazia as refeições à mesa com satisfação.
Desde que o velho quebrara um ou dois pratos, sua comida agora era servida numa tigela de madeira.
Quando a família olhava para o avô sentado ali sozinho, às vezes ele tinha lágrimas em seus olhos. Mesmo assim, as únicas palavras que lhe diziam eram admoestações ásperas quando ele deixava um talher ou comida cair ao chão.
O menino de 4 anos de idade assistia a tudo em silêncio. Uma noite, antes do jantar, o pai percebeu que o filho pequeno estava no chão, manuseando pedaços de madeira.
Ele perguntou delicadamente à criança: “O que você está fazendo?” O menino respondeu docemente:
- “Ah, estou fazendo uma tigela para você e a mamãe comerem, quando eu crescer.”
O garoto de quatro anos de idade sorriu e voltou ao trabalho. Aquelas palavras tiveram um impacto tão grande nos pais que eles ficaram mudos. Então lágrimas começaram a escorrer de seus olhos.
Embora ninguém tivesse falado nada, ambos sabiam o que precisava ser feito. Naquela noite o pai tomou o avô pelas mãos e gentilmente conduziu à mesa da família.
Dali para frente e até o final de seus dias ele comeu todas as refeições com a família, e por alguma razão, o marido e a esposa não se importavam mais quando um garfo caía, leite era derramado ou a toalha da mesa sujava.
De uma forma positiva, aprendi que não importa o que acontece, ou quão ruim pareça o dia de hoje, a vida continua, e amanhã será melhor.
Aprendi que se pode conhecer bem uma pessoa, pela forma como ela lida com três coisas:
Um dia chuvoso, uma bagagem perdida e os fios das luzes de uma árvore de natal que se embaraçam.
Aprendi, que não importa o tipo de relacionamento que tenha com seus pais, você sentirá falta deles quando partirem.
Aprendi que “saber ganhar” a vida não é a mesma coisa que “saber viver”.
Aprendi que a vida as vezes nos dá uma segunda chance.
Aprendi que viver não é só receber, é também dar.
Aprendi que se você procurar a felicidade, vai se iludir. Mas, se focalizar a atenção na família, nos amigos, nas necessidades dos outros, no trabalho e procurar fazer o melhor, a felicidade vai encontrá-lo.
Aprendi que sempre que decido algo com o coração aberto, geralmente acerto.
Aprendi que quando sinto dores, não preciso ser uma dor para os outros.
Aprendi que diariamente preciso alcançar e tocar alguém. As pessoas gostam de um toque humano – segurar na mão, receber um abraço afetuoso, ou simplesmente um tapinha amigável nas costas.
Aprendi que ainda tenho muito a aprender...
As pessoas esquecerão do que você disse...
Esquecerão o que você fez...
Mas nunca esquecerão como você as tratou.

REFLEXÃO: A CENOURA, O OVO E O CAFÉ

A CENOURA, O OVO E O CAFÉ

Uma filha se queixou a seu pai sobre sua vida e de como as coisas estavam tão difíceis para ela.
Ela já não sabia mais o que fazer e queria desistir.
Estava cansada de lutar e combater.
Parecia que assim que um problema estava resolvido um outro surgia.
Seu pai, um chefe, levou-a até a cozinha dele.
Encheu três panelas com água e colocou cada uma delas em fogo alto.
Em uma ele colocou cenouras, em outra colocou ovos e, na última pó de café.
Deixou que tudo fervesse, sem dizer uma palavra.
A filha deu um suspiro e esperou impacientemente, imaginando o que ele estaria fazendo.
Cerca de vinte minutos depois, ele apagou as bocas de gás.
Pescou as cenouras e as colocou em uma tigela.
Retirou os ovos e os colocou em uma tigela.
Então pegou o café com uma concha e o colocou em uma tigela.
Virando-se para ela, perguntou:
- “Querida, o que você está vendo?”
- “Cenouras, ovos e café,” ela respondeu.
Ele a trouxe para mais perto e pediu-lhe para experimentar as cenouras.
Ela obedeceu e notou que as cenouras estavam macias.
Ele, então, pediu-lhe que pegasse um ovo e o quebrasse.
Ela obedeceu e depois de retirar a casca verificou que o ovo endurecera com a fervura.
Finalmente, ele lhe pediu que tomasse um gole do café.
Ela sorriu ao provar seu aroma delicioso.
- “O que isto significa, pai?”
Ela explicou que cada um deles havia enfrentado a mesma adversidade, a água fervendo, mas que cada um reagira de maneira diferente.
A cenoura entrara forte , firme e inflexível, mas depois de ter sido submetida à água fervendo, ela amolecera e se tornara frágil. Os ovos eram frágeis sua casca fina havia protegido o líquido interior, mas depois de terem fervidos na água, seu interior se tornara mais rijo. O pó de café, contudo, era incompatível; depois que fora colocado na água fervente, ele havia mudado a água.
Ela perguntou à filha:
- “Qual deles é você, minha querida?
- Quando a adversidade bate à sua porta, como você responde?
- Você é como a cenoura que parece forte, mas com a dor e a adversidade você murcha, torna-se frágil e perde sua força?
- Ou será você como o ovo, que começa com um coração maleável, mas que depois de alguma perda ou decepção se torna mais duro, apesar de a casca parecer a mesma?
- Ou será que você é como o pó de café, capaz de transformar a adversidade em algo melhor ainda do que ele próprio?
Somos nós os responsáveis pelas próprias decisões. Cabe a nós somente a nós-decidir se a suposta crise irá ou não afetar nosso rendimento profissional, nossos relacionamentos pessoais, nossa vida enfim.
Ao ouvir outras pessoas reclamando da situação, ofereça uma palavra positiva. Mas você precisa acreditar nisso. Confiar que você tem capacidade e tenacidade suficientes para superar mais este desafio.
“Uma vida não tem importância se não for capaz de impactar positivamente outras vidas”.

REFLEXÃO: UMA PESCARIA INESQUECÍVEL

Uma pescaria inesquecível


Ele tinha onze anos e, a cada oportunidade que surgia, ia pescar no cais próximo ao chalé da família, numa ilha que ficava em meio a um lago.
A temporada de pesca só começaria no dia seguinte, mas pai e filho saíram no fim da tarde para pegar apenas peixes cuja captura estava liberada.
O menino amarrou uma isca e começou a praticar arremessos, provocando ondulações coloridas na água.
Logo, elas se tornaram prateadas pelo efeito da lua nascendo sobre o lago.
Quando o caniço vergou, ele soube que havia algo enorme do outro lado da linha.
O pai olhava com admiração, enquanto o garoto habilmente, e com muito cuidado, erguia o peixe exausto da água.
Era o maior que já tinha visto, porém, sua pesca só era permitida na temporada.
O garoto e o pai olharam para o peixe, tão bonito, as guelras movendo para trás e para frente.
O pai, então, acendeu um fósforo e olhou para o relógio.
Pouco mais de dez da noite.
Ainda faltavam quase duas horas para a abertura da temporada.
Em seguida, olhou para o peixe e depois para o menino, dizendo:
- Você tem que devolvê-lo, filho!
- Mas, papai, reclamou o menino.
- Vai aparecer outro, insistiu o pai.
- Não tão grande quanto este, choramingou a criança.
O garoto olhou a volta do lago. Não havia outros pescadores ou embarcações à vista.
Voltou novamente a olhar para o pai.
Mesmo sem ninguém por perto, sabia, pela firmeza em sua voz, que a decisão era inegociável.
Devagar, tirou o anzol da boca do enorme peixe e o devolveu à água escura.
O peixe movimentou rapidamente o corpo e desapareceu.
Naquele momento, o menino teve certeza de que jamais pegaria um peixe tão grande quanto aquele.
Isso aconteceu há trinta e quatro anos,.Hoje, o garoto é um arquiteto bem sucedido.
O chalé continua lá, na ilha em meio ao lago, e ele leva seus filhos para pescar no mesmo cais.
Sua intuição estava correta. Nunca mais conseguiu pescar um peixe tão maravilhoso como o daquela noite.
Porém, sempre vê o mesmo peixe todas as vezes que depara com uma questão ética.
Porque, como o pai lhe ensinou, a ética é simplesmente uma questão de CERTO e ERRADO.
Agir corretamente, quando se está sendo observado, é uma coisa.
A ética, porem, está em agir corretamente quando ninguém está nos observando.
Essa conduta reta só é possível quando, desde criança, aprendeu-se a devolver o PEIXE À ÁGUA.
A boa educação é como uma moeda de ouro:
TEM VALOR EM TODA PARTE.

James P. Lenfest

REFLEXÃO: A ÚLTIMA VIAGEM DE TÁXI

A ÚLTIMA VIAGEM DE TÁXI

Houve um tempo em que eu ganhava a vida como motorista de táxi. Os passageiros embarcavam totalmente anônimos. E, às vezes, me contavam episódios de suas vidas, suas alegrias e suas tristezas...
Encontrei pessoas que me surpreenderam. Mas, NENHUMA como aquela da noite de 25 para 26 de Julho do último ano em que trabalhei na praça!
Havia recebido já tarde da noite uma chamada vinda de um pequeno prédio de tijolinhos, em uma rua tranqüila do subúrbio de Belo Horizonte, capital das Minas Gerais.
Quando cheguei ouvia cachorros latindo longe. O prédio estava escuro, com exceção de uma única lâmpada acesa numa janela do térreo.
Nestas circunstâncias, outros teriam buzinado duas ou três vezes, esperariam só um pouco e, então, iriam embora.
Mas, eu sabia que muitas pessoas dependiam de táxis como único meio de transporte a tal hora. A não ser, portanto, que a situação fosse claramente perigosa, eu sempre esperava...
“Este passageiro pode ser alguém que necessita de ajuda”, pensei. Assim, fui até a porta e bati.
“Um minutinho”, respondeu uma voz débil e idosa.
Ouvi alguma coisa ser arrastada pelo chão...
Depois de uma pausa longa, a porta abriu-se. Vi-me então diante de uma senhora bem idosa, pequenina e de frágil aparência!
Usava um vestido estampado e um chapéu bizarro daqueles usados pelas senhoras idosas nos filmes da década de 40! E se equilibrava numa bengala, enquanto segurava com dificuldade uma pequena mala...
Dava para ver que a mobília estava toda coberta com lençóis. Não haviam relógios, roupas ou adornos sobre os móveis. Num canto jazia uma caixa aberta com fotografias e vidros...
A velha senhora, esboçando então um tímido sorriso de quem havia já perdido todos os dentes, pediu-me:
“O senhor poderia me ajudar com a mala?”
Eu peguei a mala e ajudei-a caminhar lentamente até o carro. E enquanto se acomodava ela ficou me agradecendo...
-“ Não é nada, apenas procuro tratar meus passageiros do jeito que gostaria que tratassem minha velha mãe”...
-“ Oh!, Você é um bom rapaz!”
Quando embarcamos, deu-me um endereço e pediu:
-“O senhor poderia ir pelo centro da cidade?”
-“Este não é o trajeto mais curto”, alertei-a prontamente.
-“Eu não me importo... não estou com pressa...
Meu destino é o último! O asilo dos velhos”...
Surpreso, eu olhei pelo retrovisor. Os olhos da velhinha brilhavam marejados...
-“Eu não tenho mais família e o médico me disse que tenho muito pouco tempo”...
Disfarçadamente desliguei o taxímetro e perguntei:
-“Qual o caminho que a senhora deseja que eu tome?”
Nas horas seguintes nós dirigimos por toda a cidade. Ela mostrou-me o edifício na praça 7 em que havia, em certa ocasião, trabalhado como ascensorista...
Nós passamos pelas cercanias em que ela e o esposo tinham vivido como recém-casados.
E também pela igrejinha de São Francisco, na Pampulha, onde comemoraram bodas de ouro!
Ela pediu-me que passasse em frente a uma loja de móveis na região da praça da liberdade, que havia sido um grande salão de dança que ela freqüentara quando mocinha!
De vez em quando, pedia-me para dirigir vagarosamente em frente a um edifício ou esquina. Era quando ficava então ficava com os olhos fixos na escuridão, sem dizer nada... E olhava.
Olhava e suspirava...
E assim rodamos a noite inteira...
Quando o primeiro raio de sol surgiu no horizonte, ela disse de repente:
“Estou cansada... E pronta! Vamos agora!”
Seguimos, então, em silêncio, para o endereço que ela havia me dado. Chegamos a um prédio rodeado de árvores, uma pequena casa de repouso.
Dois atendentes caminharam até o táxi, assim que paramos. Eram amáveis e atentos e logo se acercaram da velha senhora, a quem pareciam esperar.
Eu abri o porta-malas do carro e levei a pequena valise até a porta. A senhora, já sentada em uma cadeira de rodas, perguntou-me então pelo custo da corrida.
-“Quanto lhe devo?”, Ela perguntou, pegando a bolsa.
-“Você tem que ganhar a vida, meu jovem”.
-“Há outros passageiros”, respondi.
Quase sem pensar, curvei-me e dei-lhe um abraço. Ela me envolveu comovidamente e devolveu-me com um beijo afetuoso e repleto da mais pura e genuína gratidão! E disse:
-“Você deu a esta velhinha bons momentos de alegria, como não tinha há tanto tempo...Só Deus é quem sabe o quanto você fez por mim! Obrigada, MEU AMIGO! Mil vezes obrigada!!!”
Apertei sua mão pela última vez e caminhei no lusco-fusco da alvorada sem olhar para trás, pois as lágrimas corriam-me abundantes pela face...
Atrás de mim uma porta foi fechada.
Era o som do término de uma vida...
Naquele dia não peguei mais passageiros.
Dirigi sem rumo, perdido nos meus pensamentos. Mal podia falar.
Dois dias depois, tomei coragem e voltei no asilo para ver como estava a minha mais nova amiga. Me disseram,
Então, que na noite anterior adormecera para sempre, em paz e feliz...
E fiquei a pensar, se a velhinha tivesse pego um motorista mal-educado e raivoso...Ou, então, algum que estivesse ansioso para terminar seu turno...
Oh, Deus!E se eu houvesse recusado a corrida? Ou tivesse buzinado uma vez e ido embora?...
Ao relembrar, creio que eu jamais tenha feito algo mais importante na minha vida até então!
Em geral nos condicionamos a pensar que nossas vidas giram em torno de grandes momentos.
Os GRANDES MOMENTOS freqüentemente nos pegam desprevenidos e ficam guardados em recantos que quase todo mundo considera sem importância...
Quando nos damos conta... Já passou.
As pessoas podem não lembrar exatamente o que você fez, ou o que você disse.
Mas, elas sempre lembrarão como você as fez sentir-se.
Portanto, você pode fazer a diferença!

PENSE NISTO!!!

REFLEXÃO: O ESPELHO

O ESPELHO...

...Uma história de amor

Renato quase não viu a senhora, com o carro parado no acostamento. Chovia forte e já era noite. Mas percebeu que ela precisava de ajuda...
...Assim parou seu carro e se aproximou. O carro dela cheirava a tinta, de tão novinho. A senhora pensou que pudesse ser um bandido. Ele não parecia seguro, parecia pobre e faminto...
...Renato percebeu que ela estava com muito medo e disse:
“Eu estou aqui para ajudar madame, não se preocupe, porque não espera no carro onde está quentinho? A propósito, meu nome é Renato”...
...Bem, tudo que ela tinha era um pneu furado, mas para uma senhora de idade avançada era ruim o bastante. Renato abaixou-se, colocou o macaco e levantou o carro. Logo ele já estava trocando o pneu. Mas ficou um tanto sujo e ainda feriu uma das mãos...
...Enquanto apertava as porcas da roda ela abriu a janela e começou a conversar com ele. Contou que era de São Paulo e que só estava de passagem por ali e que não sabia como agradecer pela preciosa ajuda. Renato apenas sorriu enquanto se levantava...
...Ela perguntou quanto devia. Já tinha imaginado todas as terríveis coisas que poderiam ter acontecido se Renato não tivesse parado e ajudado. Renato não pensava em dinheiro, gostava de ajudar as pessoas...
...Este era seu modo de viver. E respondeu:
“Se realmente quiser me pagar, da próxima vez que encontrar alguém que precise de ajuda, dê para aquela pessoa a ajuda de que ela precisar e lembre-se de mim”...
...Alguns quilômetros depois a senhora em um restaurante simples, a garçonete veio até ela e trouxe-lhe uma toalha limpa para secar o cabelo molhado e lhe dirigiu um doce sorriso...
...A senhora notou que a garçonete estava com quase oito meses de gravidez, mas ela não deixou a tensão e as dores mudarem a sua atitude...
...A senhora ficou curiosa em saber como alguém que tinha tão pouco, podia tratar tão bem a um estranho. Então se lembrou de Renato. Depois que terminou a sua refeição, e enquanto a garçonete buscava troco, a senhora se retirou...
...Quando a garçonete voltou queria saber onde a senhora poderia ter ido quando notou algo escrito no guardanapo, sob o qual tinha 4 notas de R$ 100,00...
...Correram lágrimas em seus olhos quando leu o que a senhora escreveu.
Dizia:
- Você não me deve nada, eu já tenho o bastante. Alguém me ajudou hoje e da mesma forma estou lhe ajudando. Se você realmente quiser me reembolsar por este dinheiro, não deixe este círculo de amor terminar com você, ajude alguém...
...Aquela noite, quando foi para casa cansada e deitou-se na cama, seu marido já estava dormindo e ela ficou pensando no dinheiro e no que a senhora deixou escrito...
...Como pôde aquela senhora saber o quanto ela e o marido precisavam disto? Com o bebê que estava para nascer no próximo mês, como estava difícil...
...Ficou pensando na bênção que havia recebido, deu um grande sorriso...
...Agradeceu a Deus e virou-se para o preocupado marido que dormia ao lado, deu-lhe um beijo macio e sussurrou:
- Tudo ficará bem; eu te amo...
...Renato!
A VIDA É ASSIM...
UM ESPELHO...
TUDO QUE VOCÊ TRANSMITE VOLTA PRA VOCÊ!!

REFLEXÃO: APRENDEDO COM OS GANSOS

APRENDENDO COM OS GANSOS

Quando os gansos selvagens voam em formação de “v”, eles o fazem a uma velocidade 70% maior do que se estivessem voando sozinhos. Acontece que, à medida que cada pássaro bate suas asas, é criada uma sustentação para o pássaro que o segue.
Quando o ganso que está no ápice do “v” fica cansado, ele passa para trás da formação e outro ganso voa para a posição de ponta.
Durante o vôo, os gansos de trás grasnam para encorajar aqueles que vão à frente a manterem o ritmo e a velocidade. Quando um ganso adoece ou se fere e deixa o grupo, dois outros gansos saem da formação e o seguem para ajudá-lo e protegê-lo. Eles o acompanham até a solução do problema e então os três reiniciam a jornada ou juntam-se à outra formação, até encontrarem o grupo original.
Pessoas que compartilham uma direção comum e senso de equipe, chegam ao seu destino com mais facilidade e rapidez, porque se apóiam na confiança umas das outras. Existe força, poder e segurança quando um grupo caminha na mesma direção e tem um objetivo comum.
Quando se necessita fazer um trabalho árduo o revezamento é vantajoso. Todos nós necessitamos ser reforçados, com apoio ativo e encorajamento. Precisamos ser solidários nas dificuldades.
Sempre que você observar uma formação de gansos voando, lembre-se que é uma recompensa, um desafio e um privilégio fazer parte de uma equipe.

REFLEXÃO: DEPENDE CADA UM

DEPENDE DE CADA UM

Havia uma fazenda onde os trabalhadores viviam tristes e isolados uns dos outros. Eles estendiam suas roupas surradas no varal e alimentavam seus magros cães com o pouco que sobrava das refeições.
Todos que viviam ali trabalhavam na roça do senhor Legnar, dono de uma propriedade rural na qual se criavam avestruzes, javalis, minivacas e outros animais exóticos. Os animais, por requererem cuidados especiais, exigiam o máximo de seus funcionários.
Um dia, chegou ali um novo empregado. Seu nome era Ronivaldo, mas o chamavam de vô alegria. Era um jovem agricultor em busca de trabalho.
Foi admitido e recebeu, como todos, uma casa, onde iria morar enquanto trabalhasse ali.
O jovem, vendo aquela casa suja e abandonada, resolveu dar-lhe vida nova.
Cuidou da limpeza e, em suas horas vagas, lixou e pintou as paredes com cores alegres e brilhantes, além de plantar flores no jardim e nos vasos. Aquela casa limpa e arrumada destacava-se das demais e chamava a atenção de todos que por ali passavam.
Ele sempre trabalhava alegre e feliz na fazenda, por isso tinha o apelido de vô alegria.
Os outros trabalhadores lhe perguntavam:
- Como você consegue trabalhar feliz e sempre cantando com o pouco dinheiro que ganhamos?
O jovem olhou para os amigos e disse:
- Bem, este trabalho hoje é tudo que eu tenho.
Ao invés de blasfemar e reclamar, prefiro agradecer Por ele. Quando aceitei trabalhar aqui, sabia das condições. Não é justo que, agora que estou aqui, fique reclamando. Farei com capricho e amor aquilo que aceitei fazer.
Os outros, que acreditavam ser vítimas das circunstâncias, abandonados pelo destino, o olhavam admirados e comentavam entre si: “Como ele pode pensar assim?”
O entusiasmo do rapaz, em pouco tempo, chamou a atenção do fazendeiro, que passou a observá-lo à distância.
Um dia o senhor Legnar pensou:”Alguém que cuida com tanto carinho da casa que emprestei , cuidará com o mesmo capricho da minha fazenda.” “Ele é o único que pensa como eu. Estou velho e preciso de alguém que me ajude na administração da fazenda.”
Num final de tarde, foi até a casa do rapaz e, após tomar um café bem fresquinho, ofereceu ao jovem o cargo de administrador da fazenda.
O rapaz aceitou prontamente. Seus amigos agricultores novamente foram lhe perguntar:
- O que faz algumas pessoas serem bem sucedidas e outras não?
A resposta do jovem veio logo:
- Em minhas andanças, meus amigos, aprendi muito, e o principal é que não somos vítimas do destino. Existe em nós a capacidade de realizar e dar vida nova a tudo que nos cerca. E isso depende de cada um.

REFLEXÃO: PAPAI...O QUANTO ME AMAS?

Papai...o quanto me amas?

No dia que nasceu nossa filha, meu marido, não sentiu grande alegria. Por que a decepção que sentia, parecia ser maior do que o grande conhecimento em ter uma filha.
Ah!!!
Eu queria um filho homem!!!
Em poucos meses ele se deixou cativar pelo sorriso de nossa linda filha e pela infinita inocência de seu olhar fixo e penetrante, foi então que ele começou a amá-la com loucura.
Seu rostinho, seu sorriso não se apartavam mais dele. Ele fazia planos sobre planos, tudo seria para nossa filhinha!
Numa tarde estávamos reunidos em família, quando nossa filha perguntou a seu pai:
Papi,...
Quando eu completar quinze anos, qual será meu presente?
Ele lhe respondeu:
Meu amor, você tem apenas sete aninhos, não lhe parece que falta muito tempo para essa data?
Ela respondeu:
Bem papi,... tu sempre dizes que o tempo passa voando, ainda que eu nunca o haja visto por aqui.
Ela já tinha 15 anos e ocupava toda a alegria da casa, especialmente o coração de seu papi.
Num domingo fomos a igreja, ela tropeçou, e seu pai de imediato agarrou-a para que não caísse... já sentados nos bancos da igreja, vimos como ela foi caindo lentamente e quase perdeu a consciência.
Seu pai levantou-a e a levou imediatamente para o hospital. Ali permaneceu por dez dias e foi então que nos informaram que ela padecia de uma grave enfermidade que afetava seriamente seu coração.
Os dias foram passando, seu pai renunciou a seu trabalho para dedicar-se a ela. Todavia, sua mãe, decidiu trabalhar, pois não suportava vê-la sofrendo tanto.
Numa manhã, ainda na cama, nossa filha perguntou a seu papi:
Papi?
Os médicos te disseram que eu vou morrer?
Respondeu seu pai:
Não meu amor...
Não vai morrer, Deus que é tão grande, que não permitiria que eu perca o que mais tenho amado neste mundo.
Quando a gente morre vai para algum lugar?
Podem ver lá de cima sua família?
Sabe se um dia podem voltar?
Bem, filha,...
Na verdade ninguém regressou de lá e contou algo sobre isso, porém se eu morrer, não te deixarei só, uma maneira de me comunicar contigo, e em última instância utilizaria o vento para te ver.
O vento?
E como você faria?
Não tenho a menor idéia filhinha, só sei que se algum dia eu morrer, sentirás que estou contigo, quando um suave vento tocar teu rosto e uma brisa fresca beijar tua face.
Nesse mesmo dia à tarde, fomos informado pelos médicos que nossa filhinha necessitava de um transplante de coração, pois do contrário ela só teria mais vinte dias de vida.
Um coração!
Onde conseguir um coração?
Um coração!
Onde, meu Deus?
Nesse mesmo mês, ela completaria seus quinze anos. E foi numa sexta-feira à tarde quando conseguiram um doador.
Foi operada e tudo saiu bem.
Ela permaneceu no hospital por quinze dias e em nenhuma vez seu pai foi visitá-la. Todavia, os médicos lhe deram alta e ela foi para sua casa.
Ao chegar em casa com ansiedade ela gritou:
Papi! Papi!... Onde tu estás?
Sua mãe saiu do quarto com os olhos molhados de lágrimas e disse-lhe:
- Aqui está uma carta que seu papi deixou para você.
“Filhinha do meu coração:
No momento em que ler minha carta, já deverás ter quinze anos e um coração forte batendo em teu peito, essa foi a promessa que me fizeram os médicos que te operaram. Não podes imaginar nem remotamente quanto lamento não estar a teu lado.
Quando soube que morrerias, decidi dar-te a resposta da pergunta que me fizeste quando tinhas sete aninhos e a qual não pude responder. Decidi dar-te o presente mais bonito que ninguém jamais faria por minha filha... Te dou de presente minha vida inteira sem nenhuma condição, para que faças com ela o que queiras.
Viva filha!!
Te amo com todo meu coração!!
Foi quando ela chorou por todo o dia e toda a noite. No dia seguinte foi ao cemitério e sentou-se sobre o túmulo de seu papi: Chorou tanto como ninguém poderia chorar.
E sussurou:
“Papi,... Agora posso compreender quanto me amavas... eu também te amava e ainda que nunca tenha dito, agora compreendo a importância de dizer: “Te amo” e te pediria perdão por haver guardado silêncio tantas vezes”.
Nesse instante as copas das árvores balançavam suavemente, caíram algumas folhas e florzinhas, e uma suave brisa roçou a face de nossa filhinha, que olhou para o céu, tentou enxugar as lágrimas de seu rosto, se levantou e voltou para casa.
Por favor, jamais deixes de dizer:
“TE AMO”
Jamais saberás se esta será a última vez......

REFLEXÃO: O CASULO

O casulo

“Um dia, uma pequena abertura aparece em um casulo, um homem sentou e observou a borboleta por várias horas conforme ela se esforçava para fazer com que seu corpo passasse através daquele pequeno buraco. Então pareceu que ela parou de fazer qualquer progresso”.
Parecia que ela tinha ido o mais longe que podia, e não conseguia ir mais longe. Então o homem decidiu ajudar a borboleta, ele pegou uma tesoura e cortou o restante do casulo. A borboleta então saiu facilmente.
Mas seu corpo estava murcho e era pequeno e tinha as asas amassadas.
O homem continuou a observar a borboleta porque ele esperava que, a qualquer momento, as asas dela se abrissem e esticassem para serem capazes de suportar o corpo, que iria se afirmar a tempo. Nada aconteceu! Na verdade, a borboleta passou o resto da vida rastejando com um corpo murcho e asas encolhidas. Ela nunca foi capaz de voar.
O que o homem, em sua gentileza e vontade de ajudar, não compreendia era que o casulo apertado e o esforço necessário à borboleta para passar através da pequena abertura era o modo que Deus fazia com que o fluido do corpo da borboleta fosse para as asas de modo que ela estaria pronta para voar uma vez que estivesse livre do casulo.
Algumas vezes, o esforço é justamente o que precisamos em nossa vida. Se Deus nos permitisse passar através de nossas vidas sem quaisquer obstáculos, ele nos deixaria aleijados. Nós não iríamos ser tão fortes como poderíamos ter sido. Nós nunca poderíamos voar.
Eu pedi força...e Deus me deu dificuldades para me fazer forte.
Eu pedi sabedoria...e Deus me deu problemas para resolver.
Eu pedi prosperidade...e Deus me deu cérebro e músculos para trabalhar.
Eu pedi coragem...e Deus me deu perigo para superar.
Eu pedi Amor...e Deus me deu pessoas com problemas para ajudar.
Eu pedi favores...e Deus me deu oportunidades.
Eu não recebi nada do que pedi...mas eu recebi tudo de que precisava.”
Autor desconhecido.

REFLEXÃO: FICAR VELHO É OBRIGATÓRIO, CRESCER É OPCIONAL

FICAR VELHO É OBRIGATÓRIO, CRESCER É OPCIONAL


No primeiro dia de aula nosso professor se apresentou aos alunos, e nos desafiou a que nos apresentássemos a alguém que não conhecêssemos ainda. Eu fiquei em pé para olhar ao redor quando uma mão suave tocou meu ombro. Olhei para trás e vi uma pequena senhora, velhinha e enrugada, sorrindo radiante para mim, com um sorriso que iluminava todo o seu ser.
Ela disse:
- Hei, bonitão. Meu nome é Rosa. Eu tenho oitenta e sete anos de idade. Posso te dar um abraço?
Eu ri, e respondi entusiasticamente:
- É claro que pode! – E ela me deu um gigantesco apertão.
- Porque você está na faculdade em tão tenra e inocente idade? – Perguntei.
Ela respondeu brincalhona:
- Estou aqui para encontrar um marido rico, casar, ter um casal de filhos, e então me aposentar e viajar.
- Está brincando – Eu disse.
Eu estava curioso em saber o que a havia motivado a entrar neste desafio com a sua idade, e ela disse:
- Eu sempre sonhei em ter um estudo universitário, e agora estou tendo um.
Após a aula nós caminhamos para o prédio da união dos estudantes, e dividimos um “milkshake” de chocolate. Nos tornamos amigos instantaneamente. Todos os dias nos próximos três meses nós teríamos aula juntos e falaríamos sem parar.
Eu ficava sempre extasiado ouvindo aquela “máquina do tempo” compartilhar sua experiência e sabedoria comigo.
No decurso de um ano, Rosa tornou-se um ícone no campus universitário, e fazia amigos facilmente, onde quer que fosse.
Ela adorava vestir-se bem, e revelava-se na atenção que lhe davam os outros estudantes. Ela estava curtindo a vida!
No fim do semestre nós convidamos Rosa para falar no nosso banquete de futebol.
Jamais esquecerei do que ela nos ensinou. Ela foi apresentada e se aproximou do pódio. Quando ela começou a ler a sua fala preparada, deixou cair três das cinco folhas no chão. Frustrada e um pouco embaraçada, ela pegou o microfone e disse simplesmente:
- Desculpe-me, eu estou tão nervosa! Parei de beber por causa da quaresma, e este uísque está me matando! Eu nunca conseguirei colocar meus papéis em ordem de novo, então me deixe apenas falar para vocês sobre aquilo que eu sei.
Enquanto nós ríamos, ela limpou sua garganta e começou:
- nós não paramos de amar porque ficamos velhos; nós nos tornamos velhos porque paramos de amar. Existem somente quatro segredos para continuarmos jovens, felizes e conseguindo sucesso.
Você precisa rir e encontrar humor em cada dia.
Você precisa ter um sonho.
Quando você perde seus sonhos, você morre.
Nós temos tantas pessoas caminhando por aí que estão mortas e nem desconfiam! Há uma enorme diferença entre ficar velho e crescer.
Se você tem dezenove anos de idade e ficar deitado na cama por um ano inteiro, sem fazer nada de produtivo, você ficará com vinte anos. Se eu tenho oitenta e sete anos e ficar na cama por um ano e não fizer coisa alguma, eu ficarei com oitenta e oito anos. Qualquer um consegue ficar mais velho. Isso não exige talento nem habilidade. A idéia é crescer através de sempre encontrar oportunidade na novidade. Isto não precisa nenhum talento ou habilidade. A idéia é crescer sempre encontrando a oportunidade de mudar. Não tenha remorsos. Os velhos geralmente não se arrependem daquilo que fizeram, mas sim por aquelas coisas que deixaram de fazer. As únicas pessoas que tem medo da morte são aquelas que tem remorsos.
Ela concluiu seu discurso cantando corajosamente “A Rosa”.
Ela desafiou a cada um de nós a estudar poesia e vivê-la em nossa vida diária. No fim do ano Rosa terminou o
último ano da faculdade que começou há todos aqueles anos atrás.
Uma semana depois da formatura, Rosa morreu tranqüilamente em seu sono.
Mais de dois mil alunos da faculdade foram ao seu funeral, em tributo à maravilhosa mulher que ensinou, através de exemplo, que nunca é tarde demais para ser tudo aquilo que você pode provavelmente ser.
Se você leu isso com o coração está mais sábio, mas se leu com a mente, estará apenas mais velho.

REFLEXÃO: PÁRA QUEDAS

PÁRA QUEDAS

Charles Plumb, era piloto de um bombardeiro na guerra do Vietnã.
Depois de muitas missões de combate, seu avião foi derrubado por um míssil.
Plumb saltou de pára-quedas, foi capturado e passou seis anos numa prisão norte-vietnamita. Ao retornar aos Estados Unidos, passou a dar palestras relatando sua odisséia e o que aprendera na prisão.
Certo dia, num restaurante, foi saudado por um homem:
“Olá, você é Charles Plumb, era piloto no Vietnã e foi derrubado, não é mesmo?”
“Sim, como sabe?” Perguntou Plumb.
“Era eu quem dobrava o seu pára-quedas.
Parece que funcionou bem, não é verdade?”
Plumb quase se afogou de surpresa e com muita gratidão respondeu:
“Claro que funcionou, caso contrário eu não estaria aqui hoje.”
Ao ficar sozinho naquela noite, Plumb não conseguia dormir, pensando e perguntando-se:
“Quantas vezes vi esse homem no porta-aviões e nunca lhe disse bom dia? Eu era um piloto arrogante e ele um simples marinheiro.”
Pensou também nas horas que o marinheiro passou humildemente no barco enrolando os fios de seda de vários pára-quedas, tendo em suas mãos a vida de alguém que não conhecia.
Agora, Plumb inicia suas palestras perguntando à platéia:
“Quem dobrou teu pára-quedas hoje?”.
Todos temos alguém cujo trabalho é importante para que possamos seguir adiante. Precisamos de muitos pára-quedas durante o dia: Um físico, um emocional, um mental e até um espiritual.
Às vezes, nos desafios que a vida nos apresenta diariamente, perdemos de vista o que é verdadeiramente importante e as pessoas que nos salvam no momento oportuno sem que lhes tenhamos pedido.
Deixamos de saudar, de agradecer, de felicitar alguém, ou ainda simplesmente de dizer algo amável.
Hoje, esta semana, este ano, cada dia, procura dar-te conta de quem prepara teu pára-quedas, e agradece-lhe.
As pessoas ao teu redor notarão esse gesto, e te retribuirão preparando teu pára-quedas com esse mesmo afeto.
Todos precisamos uns dos outros, por isso, mostra-lhes tua gratidão.
Ás vezes as coisas mais importantes da vida dependem apenas de ações simples.
Só um telefonema, um sorriso, um agradecimento, um gesto de você, um te amo.
Obrigado por todos os favores que sem merecer recebi de ti e nunca te agradeci.

REFLEXÃO: QUEM SOU DEIXA MARCA

“QUEM SOU DEIXA MARCA”

Uma professora de Nova York decidiu honrar cada um de seus alunos que estavam por se graduar no colégio, falando-lhes da marca que cada um deles havia deixado.
Chamou cada um dos estudantes a frente da classe, um a um. Primeiro, contou a cada um como haviam deixado marca na vida dela e na da turma.
Logo apresentou cada um, com uma faixa azul, impressa com letras douradas, na qual se lia “QUEM SOU DEIXA MARCA”.
Por fim, a mestra decidiu fazer um projeto de aula para ver o impacto que o reconhecimento teria na comunidade.
Deu a cada aluno mais três faixas azuis e lhes pediu que levassem adiante esta cerimônia de reconhecimento. E que deveriam acompanhar os resultados, ver quem premiou quem, e informar a turma no final de uma semana.
Um dos alunos foi ver um jovem executivo de uma indústria próxima e o premiou por tê-lo ajudado com o planejamento de sua carreira. Deu-lhe uma faixa azul, e colocou-a em sua camisa.
Em seguida deu-lhes as duas faixas extras e lhe disse: “Estamos fazendo em aula um projeto de...Reconhecimento”, e gostaríamos que você encontrasse alguém a quem premiar e lhe desse uma faixa azul.”
Mais tarde, nesse dia, o jovem executivo foi ver o seu chefe que tinha reputação de ser uma pessoa amargurada, e lhe disse que o admirava profundamente por ser um gênio criativo.
O chefe pareceu ficar muito surpreso. Então o jovem executivo lhe perguntou se ele aceitaria o presente da faixa azul e se lhe dava permissão de colocá-la em sua camisa.
O chefe disse: “Bem... Claro!” Então o jovem executivo pegou uma das faixas azuis e a colocou no casaco do chefe, bem sobre seu coração...
...E ofereceu-lhe a última faixa, perguntou: “Poderia pegar esta faixa extra e passá-la a alguém mais a quem queira premiar?”
“O estudante que me deu estas faixas está fazendo um projeto de aula, e queremos continuar esta cerimônia de reconhecimento para ver como vai afetar as pessoas.”
Nessa noite, o chefe chegou em casa, sentou-se com seu filho de 14 anos, e disse: “Hoje me aconteceu algo incrível!”
“... Estava no meu escritório e um de meus empregados veio e me disse que me admirava; Então de deu uma faixa azul por me considerar um gênio criativo.”
“Imagina”! Ele pensa que eu sou um gênio criativo! Logo me pôs uma faixa azul que diz: “QUEM SOU DEIXA MARCA.”
“Deu-me uma faixa extra e me pediu que encontrasse alguém mais a quem premiar. Quando eu estava dirigindo para casa esta noite, comecei a pensar a quem poderia premiar com esta faixa, e pensei em ti. Quero premiar a ti.”
“Meus dias são muito agitados e quando venho para casa, não te dou muita atenção; Grito contigo por não tirar boas notas e pela desordem em teu quarto...”
“Por isso, esta noite, só quero sentar-me aqui e. Te dizer que és muito importante para mim.”
“Tu e tua mãe, são as pessoas mais importantes em minha vida. És um grande garoto e te amo muito!”
O garoto surpreendido começou a soluçar e a chorar, e não conseguia parar. Todo o seu corpo tremia.
Olhou para seu pai e entre lágrimas lhe disse:
“Papai, momentos atrás me sentei em meu quarto e escrevi uma carta para ti e para mamãe, explicando porque tinha tirado minha vida, e lhes pedia que me perdoassem.”
“Ia me suicidar esta noite depois de vocês terem dormido. Eu pensava que vocês não se importavam comigo.”
“A carta está lá em cima, mas não creio que eu vá precisar dela, depois de tudo o que conversamos.”
Seu pai subiu ao segundo piso e encontrou a carta, sincera e cheia de angústia e dor.
No dia seguinte, o chefe regressou ao trabalho totalmente modificado. Já não estava amargurado, e se empenhou em fazer todos os seus empregados saberem que cada um deles faz a diferença.
Por outro lado, o jovem executivo ajudou muitos outros jovens a planejarem suas carreiras, inclusive o filho do chefe, e nunca se esqueceu de recordar-lhes que eles deixavam marcas em sua vida.
Ainda mais, o jovem e seus companheiros de classe aprenderam uma lição muito valiosa.
“QUEM ÉS DEIXA MARCA”.

REFLEXÃO: OS OLHOS DE QUEM VÊ

“OS OLHOS DE QUEM VÊ”

Um dia, um pai de família rica, grande empresário, levou seu filho para viajar até um lugarejo com o firme propósito de mostrar o quanto as pessoas podem ser pobres.
O objetivo era convencer filho da necessidade de valorizar os bens materiais que possuía, o status, prestígio social; o pai queria desde cedo passar esses valores para seu herdeiro.
Eles ficaram um dia e uma noite numa pequena casa de taipa, de um morador da fazenda de seu primo.
Quando retornavam da viagem, o pai perguntou ao filho:
- E aí, filhão, como foi a viagem para você?
- Muito boa, papai, respondeu o pequeno.
- Você viu a diferença entre viver com riqueza e viver na pobreza?
- Sim pai! Retrucou o filho, pensativamente.
- E o que você aprendeu, com tudo o que viu nesses dias, naquele lugar tão paupérrimo?
O menino respondeu:
- É pai, eu vi que nós temos só um cachorro em casa, e eles têm quatro.
Nós temos uma piscina que alcança o meio do jardim, eles têm um riacho que não tem fim.
Nós temos uma varanda coberta e iluminada com lâmpadas fluorescentes e eles têm as estrelas e a lua no céu.
Nosso quintal vai até o portão de entrada e eles têm uma floresta inteirinha.
Nós temos alguns canários em uma gaiola eles têm todas as aves que a natureza pode oferecer-lhes, soltas!
O filho suspirou e continuou:
- E além do mais papai, observei que eles rezam antes de qualquer refeição, enquanto que nós em casa, sentamos à mesa falando de negócios, dólar, eventos sociais, daí comemos, empurramos o prato e pronto!
No quarto onde fui dormir com o tonho, passei vergonha, pois não sabia sequer orar, enquanto que ele se ajoelhou e agradeceu a Deus por tudo, inclusive a nossa visita na casa deles.
Lá em casa, vamos para o quarto, deitamos, assistimos televisão e dormimos.
Outra coisa, papai, dormi na rede do tonho, enquanto que ele dormiu no chão, pois não havia uma rede para cada um de nós.
Na nossa casa colocamos a Maristela, nossa empregada, para dormir naquele quarto onde guardamos entulhos, sem nenhum conforto, apesar de termos camas macias e cheirosas sobrando.
Conforme o garoto falava, seu pai ficava estupefato, sem graça e envergonhado.
O filho na sua sábia ingenuidade e no seu brilhante desabafo, levantou-se, abraçou o pai e ainda acrescentou:
- Obrigado papai, por me haver mostrado o quanto somos pobres!
Moral da história:
Não é o que você é, o que você tem, onde está ou o que faz, que irá determinar a sua felicidade; mas o que você pensa sobre isto!
Tudo o que você tem, depende da maneira como você olha, da maneira como você valoriza.
Se você tem amor e sobrevive nesta vida com dignidade, tem atitudes positivas e partilha com benevolência suas coisas,
Então...
Você tem tudo!

REFLEXÃO: A HISTÓRIA DO ERNANE

A HISTÓRIA DO ERNANI

Certa vez, trabalhei em uma pequena empresa de engenharia.
Foi lá que fiquei conhecendo um rapaz chamado Mauro. Ele era grandalhão e gostava de fazer brincadeiras com os outros, sempre pregando peças.
Havia também o Ernani, que era mais velho que o resto do grupo.
Sempre quieto, inofensivo, à parte, Ernani costumava comer o seu lanche sozinho, num canto da sala.
Ele não participava das brincadeiras que fazíamos após o almoço, sendo que, ao terminar a refeição, sempre sentava sozinho debaixo de uma árvore mais distante.
Devido a esse seu comportamento, Ernani era o alvo natural das brincadeiras e piadas do grupo. Ora ele encontrava um sapo na marmita, ora um rato morto em seu chapéu.
E o que achávamos mais incrível é que ele sempre aceitava aquilo sem ficar bravo.
Em um feriado prolongado. Mauro resolveu ir pescar no pantanal. Antes, nos prometeu que, se conseguisse sucesso, iria dar um pouco do resultado da pesca para cada um de nós.
No seu retorno, ficamos todos muito animados quando vimos que ele havia pescado alguns dourados enormes.
Mauro, entretanto, levou-nos para um canto e nos disse que tinha preparado uma boa peça para aplicar no Ernani.
Mauro dividira os dourados, fazendo pacotes com uma boa porção para cada um de nós.
Mas, a ‘peça’ programada era que ele havia separado os restos dos peixes num pacote maior, à parte.
- Vai ser muito engraçado quando o Ernani desembrulhar esse ‘presente’ e encontrar espinhas, peles e vísceras!,
- Disse-nos Mauro, que já estava se divertindo com aquilo.
Mauro então distribuiu os pacotes no horário do almoço.
Cada um de nós, que ia abrindo o seu pacote contendo uma bela porção de peixe, então dizia:
- Obrigado!
Mas o maior pacote de todos, ele deixou por último.
Era para o Ernani.
Todos nós já estávamos quase explodindo de vontade de rir, sendo que Mauro exibia um ar especial, de grande satisfação. Como sempre, Ernani estava sentado sozinho, no lado mais afastado da grande mesa.
Mauro então levou o pacote para perto dele, e todos ficamos na expectativa do que estava para acontecer.
Ernani não era o tipo de muitas palavras. Ele falava tão pouco que, muitas vezes, nem se percebia que ele estava por perto. Em três anos, ele provavelmente não tinha dito nem cem palavras ao todo.
Por isso, o que aconteceu a seguir nos pegou de surpresa.
Ele pegou o pacote firmemente nas mãos e o levantou devagar, com um grande sorriso no rosto.
Foi então que notamos que seus olhos estavam brilhando.
Por alguns momentos, o seu pomo de Adão se moveu para cima e para baixo, até ele conseguir controlar sua emoção.
- Eu sabia que você não ia esquecer de mim.
- Disse com a voz embaraçada. Eu sabia, você é grandalhão e gosta de fazer brincadeiras, mas sempre soube que você tem um bom coração.
Ele engoliu em seco novamente, e continuou falando, dessa vez para todos nós.
- Eu sei que não tenho sido muito participativo com vocês, mas nunca foi por má intenção.
- Sabem...Eu tenho cinco filhos em casa, e uma esposa inválida, que há quatro anos está presa na cama. E estou ciente de que ela nunca mais vai melhorar.
- Às vezes, quando ela passa mal, eu tenho que ficar a noite acordado, cuidando dela. E a maior parte do meu salário tem sido para os seus médicos e os remédios.
As crianças fazem o que podem para ajudar, mas tem sido difícil colocar comida para todos na mesa.
Vocês talvez achem esquisito que eu vá comer o meu almoço sozinho, num canto... Bem, é que eu fico meio envergonhado, porque na maioria das vezes eu não tenho nada para pôr no meu sanduíche.
Ou, como hoje, eu tinha somente uma batata na minha marmita.
Mas eu quero que saibam que essa porção de peixe representa, realmente, muito para mim. Provavelmente muito mais do que para qualquer um de vocês, porque hoje à noite os meus filhos...
Ele limpou as lágrimas dos olhos com as costas das mãos.
- Hoje à noite os meus filhos vão ter, realmente, depois de alguns anos...
E ele começou a abrir o pacote...
Nós tínhamos estado prestando tanta atenção no Ernani, enquanto ele falava, que nem havíamos notado a reação do Mauro.
Mas agora, todos percebemos a sua aflição quando ele saltou e tentou pegar o pacote das mãos do Ernani. Mas era tarde demais.
Ernani já tinha aberto o pacote e estava, agora examinando cada pedaço de espinha,
Cada porção de pele e de vísceras, levantando cada rabo de peixe.
Era para ter sido tão engraçado, mas ninguém riu. Todos nós ficamos olhando para baixo. E a pior parte foi quando Ernani, tentando sorrir, falou a mesma coisa que todos nós havíamos dito anteriormente:
-Obrigado!
Em silêncio, um a um, cada um dos colegas pegou o seu pacote e o colocou na frente do Ernani, porque depois de muitos anos nós havíamos, de repente, entendido quem era realmente o Ernani.
Uma semana depois, a esposa de Ernani faleceu.
Cada um de nós, daquele grupo, passou então a ajudar as cinco crianças.
Graças ao grande espírito de luta que elas possuíam, todas progrediram muito:
Carlinhos, o mais novo, tornou-se um importante médico.
Fernanda, Paula e Luisa montaram o seu próprio e bem-sucedido negócio: Elas produzem e vendem doces e salgados para padarias e supermercados.
O mais velho, Ernani Júnior. Formou-se em engenharia; sendo que, hoje, é o Diretor geral da
mesma empresa em que eu, Ernani e os nossos colegas trabalhávamos.
Mauro, hoje aposentado, continua fazendo brincadeiras; entretanto, são de um tipo muito diferente:
Ele organizou nove grupos de voluntários que distribuem brinquedos para crianças hospitalizadas e as entretêm com jogos, estórias e outros divertimentos.
Às vezes, convivemos por muitos anos com uma pessoa, para só então percebermos que mal a conhecemos.
Nunca lhe demos a devida atenção; Não demonstramos qualquer interesse pelas coisas dela; ignoramos suas ansiedades ou seus problemas.
Que possamos manter sempre vivo, em nossas mentes, o ensinamento de Jesus Cristo:
COMO EU VOS AMEI, AMAI-VOS TAMBÉM UNS AOS OUTROS. (joão 13,24)

REFLEXÃO: O VESTIDO AZUL

O VESTIDO AZUL


Num bairro pobre de uma cidade, morava uma garotinha muito bonita.
Ela freqüentava a escola local. Sua mãe não tinha muito cuidado com aquela criança, que, quase sempre, apresentava-se suja. Suas roupas eram muito velhas e maltratadas.
O professor ficou penalizado com a situação da menina.
“Como é que uma menina tão bonita pode vir à escola tão mal-arrumada?”- pensou.
Separou algum dinheiro do seu salário e, embora com dificuldade, resolveu comprar-lhe um vestido novo. Ela ficou linda no vestido azul.
Quando a mãe viu a filha naquele lindo vestido azul, sentiu que era lamentável que sua filha, vestindo aquele traje novo, fosse tão suja para a escola. Por isso, passou a lhe dar banho todos os dias, a pentear-lhes os cabelos e a cortar-lhes as unhas.
Quando acabou a semana, o pai disse-lhe:
_Mulher, você não acha uma vergonha que nossa filha, sendo tão bonita e bem-arrumada, more em um lugar como este, caindo aos pedaços? Que tal você ajeitar a casa? Nas horas vagas, eu vou dar uma pintura nas paredes, consertar a cerca e plantar um jardim.
Logo mais, a casa se destacava na pequena vila pela beleza das flores que enchiam o jardim e pelo cuidado com todos os detalhes. Os vizinhos ficavam envergonhados por morar em barracos feios e resolveram também arrumar suas casas, plantar flores, usar pintura e criatividade.
Em pouco tempo, o bairro todo estava transformado. Um homem, que acompanhava os esforços e a luta daquela gente, pensou que eles bem mereciam um auxílio das autoridades. Foi ao prefeito expor suas idéias e saiu de lá com uma autorização para formar uma comissão para estudar os melhoramentos que seriam necessários ao bairro. A rua de barro e de lama
foi substituída por asfalto e calçada de pedra. Os esgotos a céu aberto foram canalizados e o bairro ganhou ares de cidadania.
E tudo começou com um vestido azul. Não era intenção daquele professor consertar toda a rua nem criar um organismo que socorresse o bairro. Ele fez o que podia, deu a sua parte. Fez o primeiro movimento, que acabou fazendo com que outras pessoas motivassem a lutar por melhorias.
Será que cada um de nós está fazendo a sua parte no lugar em que vive?
Por acaso somos daqueles que somente apontamos os buracos da rua, as crianças à solta sem escola e a violência do trânsito?
Lembremo-nos de que é difícil mudar o estado total das coisas.
É difícil limpar toda a rua, mas é fácil varrer nossa calçada.
É difícil reconstruir um planeta, mas é possível oferecer a alguém um vestido azul.
Há moedas de amor que valem mais do que os tesouros bancários, quando endereçadas no momento certo e com bondade.
Você acaba de receber um lindo vestido azul.
Faça a sua parte.
Ajude a melhorar o planeta!

COACHING

1. O que é Coaching?

Coaching é um processo que utiliza técnicas, ferramentas e recursos de diversas ciências. Algumas pessoas dizem que Coaching é ciência, mas na realidade é um cocktail, um mix de recursos e técnicas que funcionam em ciências do comportamento (psicologia, sociologia, neurociências) e de ferramentas da administração de empresas, esportes, gestão de recursos humanos, planejamento estratégico e outros.

É um processo que produz mudanças positivas e duradouras. Conduzido de maneira confidencial, individualmente ou em grupo, o Coaching é uma oportunidade de visualização clara dos pontos individuais, de aumento da autoconfiança, de quebrar barreiras de limitação, para que as pessoas possam conhecer e atingir seu potencial máximo e alcançar suas metas.

Coaching é uma metodologia que busca atender as seguintes necessidades: atingir metas, solucionar problemas e desenvolver novas habilidades. O Coaching é um processo de aprendizagem e desenvolvimento de competências comportamentais, psicológicas e emocionais direcionado à conquista de objetivos e obtenção de resultados planejados que, para ser compreendido, pode ser comparado à aliança de sucesso entre um técnico desportivo (coach) e seus atletas (coachees). O técnico não atua no jogo diretamente mas oferece, como um padrinho, sua experiência que concorre para o desenvolvimento e desempenho do atleta. Da mesma forma o coach contribui para o aprendizado e amadurecimento emocional, tomada de decisão, planejamento de ação, definição de tarefas e de estratégias de remoção de obstáculos. Ocasionalmente confundido com terapia, o Coaching vai bem além desta na medida em que dá ao cliente a autonomia e o mérito pelos resultados obtidos, objetivando o acúmulo de experiências auto-motivadoras e a conquista da independência o mais cedo possível.

"De maneira sintética e objetiva, Coaching pode ser caracterizado como o processo conduzido por um profissional Coach, visando identificar o estado atual de seu Coachee (cliene) e caminhar junto com ele até um estado desejado" José Roberto Marques – Diretor Presidente do Instituto Brasileiro de Coaching

Definições de Coaching segundo a Global Coaching Community:

“Coaching é a parceria entre coach (profissional) e cliente (coachee) onde acontece um processo estimulante e criativo que inspira e maximiza o potencial pessoal e profissional do cliente.”

“Coaching é um processo sistematizado onde um coach acompanha e estimula seu cliente no desenvolvimento de sua performance e alcance de suas metas.”

“Coaching é uma metodologia de desenvolvimento humano onde se cria um contexto transformacional para o alcance de um estado desejado.”

2. O que é e o que não é Coaching?

Coaching é uma metodologia, uma ferramenta específica e se diferencia e muito de outros processos como: Mentoring, Aconselhamento, Terapia, Treinamento, Consultoria e Ensino. Coaching é um processo orientado ao futuro, ao alcançe de metas e objetivos específicos com uma abordagem pragmática orietanda para resultados.

MENTORING

Mentoring é quando um colega sênior, considerado mais entendido e possuidor de mais sagacidade e conhecimento de mundo, dá conselhos e atua como modelo. O mentoring envolve discussões amplas, que podem não se limitar apenas ao contexto de trabalho.

O mentor é um patrocinador, com grande experiência profissional no campo de trabalho de seu cliente que transmite sua experiência ao cliente. Tanto o mentoring quanto o coaching relacionam-se principalmente com a realizações no presente e no futuro.

COUNSELING (ACONSELHAMENTO)

No Counseling, trabalha-se com clientes que se sentem constrangidos ou insatisfeitos com sua vida. Eles buscam orientação e conselhos. O counselor (conselheiro) trabalha para sanar o problema de um cliente.

TERAPIA

A terapia trabalha com o cliente que busca alívio de sintomas psicológicos ou físicos. O cliente quer uma cura emocional e o alívio do sofrimento mental. A terapia lida com a saúde mental do cliente. O coaching lida com o crescimento mental do cliente. A razão para o cliente buscar terapia ou aconselhamento (counseling) normalmente é livrar-se de algum sofrimento ou desconforto, mais que avançar rumo a metas desejadas. O coaching não é corretivo, mas gerativo. Tanto a terapia quanto o aconselhamento (counseling) têm mais possibilidades de envolver o discernimento e trabalhar com as experiências passadas do que o coaching.

TREINAMENTO

O treinamento é o processo de adquirir habilidades ou conhecimentos por meio de estudo, experiência ou ensino. O treinador, por definição, é o especialista e o treinamento provavelmente se enfocará em habilidades específicas para resultados imediatos. Além disso, o treinamento possivelmente funciona na base de “um para muitos”, mais que “um para um”.

CONSULTORIA

O consultor fornece conhecimento especializado e soluciona problemas do negócio, ou desenvolve um negócio de maneira global. O consultor lida com a organização como um todo ou com partes dela, e não com indivíduos dentro dela. Os consultores só afetam os indivíduos de maneira indireta.

ENSINO

O ensino transmite conhecimento do professor ao aluno. O professor sabe algo que o aluno não sabe. O coaching é exatamente o contrário. O cliente é o especialista e é o cliente quem tem as respostas, e não o coach.

3. O que significa Coach, Coaching, Coaches, Coachee?

COACH
Profissional que exerce a profissão

COACHING
O processo de desenvolvimento que o Coach conduz

COACHES
Plural de Coach

COACHEE
Indivíduo que passa pelo processo de Coaching

CLIENTE
Sinônimo de Coachee

4. O que é e o que faz um Coach?

O Coach é o profissional especializado no processo de Coaching. Pode ser considerado um treinador que assessora o cliente(coachee), levando-o a refletir, chegar a conclusões, definir ações e, principalmente, agir em direção a seus objetivos, metas e desejos. A essência do coaching está em fornecer suporte para uma pessoa mudar da maneira que deseja, assim como auxiliar a seguir a direção desejada. O coach não precisa ser um especialista na área de atuação de seu cliente. O coaching cria consciência, potencializa a escolha e leva à mudança.

Um profissional de Coaching deve ter conhecimentos em comportamento humano, mudança, negócios e principalmente em seu nicho de atuação. Em reuniões que são sessões sejam elas, semanais, quinzenais ou mensais o coach aplica técnicas, ferramentas e um questionamento poderoso para mobilizar seu cliente(coachee) a entrar em ação para atingir suas metas e acelerar os resultados em sua vida.
O Coach está focado em liberar o potencial e maximizar a performance dos indivíduos na vida pessoal e profissional.

5. Como funciona o Coaching?

Um coach trabalha com um cliente(coachee), seja ele uma empresa, um executivo, um líder, uma pessoa ou um grupo no sentido de gerar novas opções através de perguntas poderosas, técnicas e ferramentas específicas conduzidas por um profissional habilitado.
O Coach fornece suporte e feedback contínuo para o coachee desenhar um plano de ação eficiente em direção a uma meta específica ou um novo comportamento desejado.

O objetivo de qualquer processo de coaching é identificar um estado atual - ponto “A” - e chegar até o estado desejado – ponto “B” – para isso o coachee tem despertar o melhor de si mesmo, esse processo pode envolver: desenvolvimento de novas habilidades e competências, autoconhecimento, alinhamento de valores, estruturação de metas ou objetivos inteligentes, desafio e feedback constante além de total comprometimento entre coach e coachee.

O processo de Coaching é caracterizado por encontros semanais, quinzenais ou mensais entre coach (profissional) e coachee (cliente) e têm duração variável em média de 1 hora até 2 horas. Isso não é uma regra, mas é comum.

Na relação com o cliente, o coach estimula a identificar seus valores essenciais e a expressá-los, desenvolvendo uma postura de integridade pessoal; desafiá-lo a "sonhar acordado", a criar para si mesmo uma visão de futuro que o entusiasme e que utilize ao máximo a sua energia criadora e estabelecer metas a serem cumpridas.

O processo de Coaching auxilia e suporta o indivíduo a despertar o seu potencial máximo rapidamente e produzir resultados mais satisfatórios em sua vida pessoal e profissional. Uma alternativa poderosa para pessoas e organizações que sabem que o sucesso pessoal não é um ponto de chegada, mas sim um caminho. Um caminho que necessita de planejamento, superação de obstáculos, excelência pessoal, motivação, equilíbrio e transformação individual. O Coaching é uma excelente alternativa para pessoas que buscam o aprimoramento de suas habilidades individuais, aumento de performance ou transformação pessoal.

6. Quais os tipos mercados e nichos de Coaching?

Existem dois grandes nichos de Coaching e suas inúmeras possibilidades e ramificações

1 - Life Coaching - Coaching a nível pessoal.

Life Coaching é um nicho de Coaching onde um profissional (coach) atua junto com seu cliente coachee (coachee). É uma oportunidade poderosa para pessoas que sabem que o sucesso pessoal ou profissional é que necessita de foco, objetivos bem definidos, motivação, planejamento, transformação e evolução, superação e excelência.

2. Executive e/ou Business Coaching - Coaching a nível profissional.

Business and Executive Coaching está relacionado ao mundo corporativo, desenvolvimento de empresas, organizações e pessoas em cargos de liderança.
O Coaching é uma ferramenta flexível e pode ser desenvolvido em qualquer nicho, o Coach pode atuar como:

Coach de Relacionamentos, Coach de Família, Coach de Atletas, Coach de Adolescentes, Coach de Crianças, Coach de Sucesso, Coach de Comunicação, Coach de Vendas, Coach de Liderança, Coach de Energia, Coach de Negócios, Coach Financeiro, Coach de Aposentadoria, Coach de Crises e Transições, Coach de Carreira, Coach Espiritual, Coach de Emoções, Coach de Superação, Coach de Transformação, Coach de Novos Negócios, Coach de Gestores, Coach Financeiro, Coach de Férias, Coach de Orientação Profissional, Coach de Carreira, Coach de Planejamento, Coach de Empreendimento, Coach para Emagrecimento e inúmeros outros....

7. Quais as maiores armadilhas do mercado de Coaching?

Coaching é um processo que apresenta resultados extraordinários, está altamente em evidência e por isso existem muitas armadilhas no mercado .

José Roberto Marques Diretor Presidente do Instituto Brasileiro de Coaching e um dos dos pioneiros na prática do Coaching no Brasil aponta as maiores Armadilhas do Mercado de Coaching

1- Empresas sem reconhecimento de nenhum órgão internacional que criam órgãos fictícios para avalizarem seus treinamentos de Coaching, oferecendo um suposto “reconhecimento internacional”

2- Profissionais sem experiência prática nenhuma com sessões de Coaching, ministrando treinamentos para habilitar novos coaches. Cuidado, isso é muito comum no Brasil, pessoas que não tem bagagem prática alguma como coach reproduzindo treinamentos de Coaching.

3- Profissionais sem nenhum treinamento se auto-intitulando coaches.
4- Síndrome do “única”. Empresas afirmando que são únicas em determinados aspectos sem diferenciais algum de mercado.

5- Banalização do processo de Coaching, treinamentos sem qualidade e profissionais sem preparado utilizando o processo ou colocando o nome de Coaching em ferramentas e técnicas que nada tem a ver com coaching.

O Coaching vive um grande momento, é uma febre no mundo corporativo e na vida cotidiana. Em função disso existem muitas pessoas no mercado sem habilitação e conhecimento do processo que se auto-intitulam coach, é necessário no mínimo um treinamento de capacitação. Checar se o profissional passou por algum treinamento, sua experiência no mercado e suas referências são fundamentais para você Gestor de RH ou pessoa física que busca um coach.

O Instituto Brasileiro de Coaching é uma instituição séria, idônea, avalizada pela European Coaching Association e Global Coaching Community que tem como principal objetivo promover a Excelência no Coaching do Brasil e oferece os mais completos programas de treinamento para formação e habilitação de novos coaches no Brasil.

8. Quando uma pessoa deve buscar o processo de Coaching?

Uma pessoa deve buscar um coach quando:

Desejar sair da estagnação em direção a uma vida mais próspera, mais equilibrada e bem sucedida.
Desejar ser mais feliz e mais amada por si mesma e pelos outros.
Desejar abandonar vicíos e compulsões como por exemplo: fumar, beber e outros...
Desejar traçar uma estratégia eficiente para ganhar mais dinheiro.
Desejar obter mais realizações pessoais e profissionais.
Desejar mudar de carreira ou conquistar uma posição mais elevada.
Desejar superar alguns limites e bloqueios pessoais.
Desejar sair de situações de crise ou adversidade.

9. Quando uma empresa deve buscar o trabalho de um Coach?

Uma empresa deve buscar o trabalho de um Coach quando necessitar:

Gerar novos comportamentos e atitudes voltados para resultados
Desenvolver a comunicação entre as pessoas, ampliando a sinergia e confiança
Harmonizar os relacionamentos internos, resolver conflitos entre pessoas ou equipes
Ampliar a produtividade dos colaboradores e lideranças
Elevar os índices de Satisfação no Trabalho, Motivação e Felicidade
Aumentar as vendas e consequentemente o faturamento
Desenvolver Equipes de Alta Performance
Um coach pode atuar nas mais variadas temáticas:

- Motivar Colaboradores
- Definir Metas & Objetivos
- Criar Líderes de Alta Performance
- Transformar Crenças Limitantes
- Energizar Equipes de Vendas
- Alinhar a Cultura Organizacional
- Harmonizar Relacionamentos
- Desenvolver Equipes de Alta Performance
- Lançamento de Produtos
- Comunicação Interna
- Comunicação com o Cliente
- Admnistração e superação de conflitos
- Gestão do Tempo
- Planejamento estratégico
- Relacionamento Humano

10. Em que momento o coaching é necessário para a carreira?

Coaching é altamente indicado e necessário para carreira em momentos de:

Transição (mudança de emprego, mudança de posição ou função)
Crise (descarrilamento, falta de foco e motivação, desconexão com valores, perda de performance)
Planejamento (aposentadoria, sucessão, promoção)
Desenvolvimento (treinamento de novas habilidades e competências)
Projeção (busca ou candidatura por uma posição mais elevada na hierarquia da organização)

11. Quais os pré – requisitos para realizar uma formação em Coaching?

Para fazer uma formação em Coaching não existe nenhum pré – requisito, toda sua experiência de vida e de carreira pode ser utilizada dentro do seu nicho de atuação em Coaching.
Uma formação em Coaching como o Programa de Formação e Certificação Internacional Professional & Self Coaching é indicada para quem deseja ser um coach profissional, mas também para quem deseja:

- Atuar de maneira autonôma, oferecendo e prestando serviços de Coaching - Professional Coach

- Utilizar o Coaching como processo contínuo de auto-desenvolvimento pessoal e profissional - Self Coach

- Desenvolver sua liderança e sua equipe utilizando o Coaching como ferramenta - Líder Coach

- Utilizar o Coaching no contexto da Gestão de Pessoas - gerenciamento e desenvolvimento de equipes, lideranças e executivos, treinamento & desenvolvimento, implantação/criação de uma Cultura de coaching, desenvolvimento de processos internos de coaching no seu departamento de RH/Gestão de Pessoas

- Utilizar o Coaching em sua atuação profissional – consultoria, desenvolvimento organizacional, desenvolvimento de pessoas, terapia, psicoterapia, palestras, workshop e treinamento

Necessário os seguintes valores:

Humanidade Amor Conexão Responsabilidade sócio ambiental

12. Como escolher uma Instituição para formação em Coaching ou um Coach?

Um programa de formação em Coaching, uma Instituição ou um Coach precisa ser escolhido adequadamente, pois o Coach é um profissional que além de ter excelente formação técnica precisa ter um apurado senso ético e também um excelente repertório comportamental. A melhor forma de escolher um curso de formação, instituição ou Coach é pesquisando a experiência e os resultados alcançados pelo Coach Formador. Um critério extremamente relevante é checar quantas horas de bagagem o profissional tem em atendimentos como Coach. Verifique no mercado a formação, depoimentos e as referências do profissional em questão.

OBSERVAÇÃO: Fique atento, pois certificações são importantes, contudo o que realmente vale é o RESULTADO, a EXPERIÊNCIA, a METODOLOGIA e o real compromisso do profissional em formar seres humanos que vão lidar com outros seres humanos, ou seja, valores como HUMANIDADE, COMPROMETIMENTO e AMOR devem estar implícitos na vida de um Coach.

SÍNTESE TEÓRICA DO LIVRO ''LIÇOES QUE VIDA ENSINA E A ARTE ENCENA

1.NEGOCIAÇÃO:

Negociação é p processo de resolução de uma disputa visando a um acordo mútuo. Um verdadeiro acordo envolve assumir o compromisso com uma linha de ação que atenda às necessidades de ambas as partes. (Luiz Augusto C. Junqueira, 1993).
Uma negociação acontece no contexto de um relacionamento. Portanto, é preciso deixar de ver a negociação como uma batalha, em que haja, sempre um perdedor e um vencedor, que leva os despojos.
Num mundo onde se busca, cada vez mais, a construção de parcerias duradouras, a negociação passa a ser a mais importante ferramenta para a gestão dos relacionamentos.

2.FASES DA NEGOCIAÇÃO:

Toda negociação é um processo, que é dividido em etapas ou fases. Os nomes dessas fases variam de autor para autor, a essência, porém, é a mesma. A terminologia que adotamos aqui é a utilizada por Leonard Greenhalgh, em seu livro Relacionamentos Estratégicos, por considerarmos bastante moderna e pertinente à idéia da negociação como chave para os relacionamentos. Eis um breve resumo das sete fases da negociação:
Preparação:

- Obtenha informações, faça um histórico da outra parte; trace objetivos;

- Estipule sua margem negocial (o que espera obter, até onde pode ceder);

- Elabore uma estratégia preliminar.

Construção do relacionamento: Faça o “quebra gelo” (não vá direto ao ponto, fale de outros assuntos, antes). É o momento de causar uma boa impressão inicial.
Coleta de informação: Faça perguntas; detecte necessidades, expectativas, motivações; fale menos e ouça mais! Não ofereça nada ainda!
Uso da informação: Apresente propostas; customize (se não o produto, a argumentação); ofereça soluções, enfatize os benefícios.
Tentativa de acordo: Esteja atento aos sinais de compra; apresente opções; esclareça dúvidas, trabalhe as objeções.

Fechamento do acordo: Objetivo básico: Conseguir o comprometimento com relação ao contrato. Enfatize a intenção da continuidade do relacionamento; reveja as condições combinadas.
Implementação do acordo: Controle o que foi acertado; avalie o previsto e o realizado; analise concessões e conseqüências.

3.COOPTAÇÃO:

É o tipo de negociação em que uma das partes oferece uma vantagem explícita para obter o que deseja; praticamente uma espécie de suborno.

4.MARKETING DE RELACIONAMENTO:

Processo contínuo de identificação e criação de novos valores com clientes individuais e compartilhamento de seus benefícios durante toda uma vida de parceria. Esta é a definição de Ian Gordon (1999) para marketing de relacionamento. Também chamado de marketing individualizado.

5.TEORIA DE DESENVOLVIMENTO DOS GRUPOS:

A natureza da vida em grupo é tal que as pessoas tendem a três movimentos:

a.Determinar se querem pertencer a um grupo;

b.Descobrir qual o grau de influência que exercerão;

c.Decidir qual o grau de intimidade que manterão com os outros membros.

Durante seu funcionamento, os grupos passam por três fases distintas:

•Inclusão: Dentro ou fora do grupo;

•Controle: Acima ou abaixo;

•Afetividade: Intimidade ou distância.

6.ORGANIZAÇÕES EM APRENDIZAGEM:

Organizações onde as pessoas expandem continuamente sua capacidade de criar os resultados que verdadeiramente desejam, onde novos e amplos modelos ou pensamentos são educados,onde a aspiração coletiva é um conjunto livre, e onde pessoas estão aprendendo continuamente como aprender juntas (Senge,1990).

7.AS CINCO DISCIPLINAS DAS ORGANIZAÇÕES EM APRENDIZAGEM:

Quando desenvolvidas em conjunto, podem ter um impacto significativo e mensurável sobre o desempenho dos indivíduos e da Organização (Senge, 1990).
São elas:

•Maestria pessoal: É a disciplina capaz de dar sentido à vida das pessoas. Indivíduos com Maestria Pessoal possuem sonhos, metas objetivos de vida, visão. A mestria Pessoal nos mostra continuamente como as nossas ações afetam o mundo em que vivemos.

•Modelos mentais: São idéias, pressupostos, generalizações ou imagens internas profundamente arraigadas nas mentes dos indivíduos, que influenciam o modo de encarar e se relacionar com o mundo, limitando-os a maneiras habituais de pensar e agir. Tais modelos podem e devem ser modificados, para que se possa enxergar o mundo de maneira diferente.

•Visão compartilhada: A visão compartilhada eleva as aspirações das pessoas, que se identificam com a empresa e umas com as outras, além de fornecer o foco e a energia para a aprendizagem. Ela permite o engajamento em longo prazo.

•Aprendizagem em equipe: É o processo de alinhamento e desenvolvimento da capacidade de um grupo criar os resultados que seus membros desejam. Permite que as pessoas possam enxergar além dos limites das suas perspectivas pessoais.

•Pensamento sistêmico: Ele mostra que os fatos estão interligados e influenciam-se mutuamente e que as empresas também são sistemas, que estão conectados por fios invisíveis de ações inter-relacionadas. A visão de um objetivo sem o pensamento sistêmico cria lindas imagens do futuro sem que se saiba exatamente o que deve ser feito para que elas se tornem realidade.

8.ANDRAGOGIA E PEDAGOGIA:

Ao tratar do tema educação, Knowles (1980) distingue entre a pedagogia tradicional e a andragogia. A pedagogia tradicional é um modelo de suposições centrado no professor. A palavra deriva do grego e quer dizer a arte e a ciência de ensinar crianças. Duas das principais suposições desse modelo pedagógico são:

a.O professor é o elemento motor do processo de ensino-aprendizagem e assume o papel de determinar as maneiras segundo as quais as pessoas aprendem;

b.O aluno assume um papel dependente.

A insatisfação com o modelo pedagógico tradicional gerou concepções alternativas de como a aprendizagem de adultos deve ser organizada a facilitada. O modelo mais conhecido é a andragogia.
Um dos principais modelos baseados na andragogia é o proposto por Knowles (1980), que ao invés de ser centrado no professor, centra-se no aluno, que é considerado como um parceiro.
Este modelo está fundamentado em quatro suposições (Knowles, 1980, p. 44-45):

•Adultos tendem a ser autodirigidos na medida em que amadurecem;

•Adultos aprendem de forma mais eficiente através de técnicas experienciais de educação como discussão e resolução de problemas.

•O interesse do adulto para aprender é fortemente afetado pela necessidade de saber ou fazer alguma coisa ligado asa suas necessidades de resolver problemas ou realizar tarefas que se apresentam na vida.

•A orientação do adulto em relação à aprendizagem tende a mudar de centrada no assunto (conteúdo) para centrada na performance, ou seja, muito mais do que aprender novos conceitos, o adulto quer aprender coisas que melhorem a sua prática do dia-a-dia.

9.ESTÍMULO INTELECTUAL E REPPORT INTERPESSOAL:

Segundo o modelo bidimensional de Lowman (1995), os alunos são motivados por dois fatores:

•Estímulo intelectual: Alcançado através da clareza na apresentação e do impacto emocional estimulante do professor sobre is alunos;

•Rapport interpessoal: Evitar emoções negativas e promover emoções positivas.
Estas duas dimensões são complementares, sendo que a primeira se refere quase exclusivamente ao que o professor faz em sala de aula, enquanto que a segunda é significativamente influenciada pela interação professor-aluno dentro e fora da sala. É fundamental para o excelente professor saber trabalhar bem com estes aspectos a fim de facilitar o processo de aprendizagem dos alunos.

10.TEORIA DAS INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS:

Essa teoria, desenvolvida no início de 1980 por Gardner, se apóia nas descobertas neurológicas, mudando a concepção sobre a mente humana ao questionar processos que até então explicavam os sistemas neurais. Esses novos pressupostos envolvem o funcionamento da memória, da aprendizagem, da consciência, das emoções e das inteligências em geral.

•Inteligência Linguística: Essa dimensão é expressa de maneira marcante nas pessoas que lidam criativamente e constroem imagens com palavras e com a linguagem de modo geral como o orador, escritor, o poeta ou compositor (Antunes, 2001).

•Inteligência Lógico-matemática: Está associada à competência em desenvolver raciocínios dedutivos e em construir cadeias causais e lidar com números e outros símbolos matemáticos. Essas são as características dos engenheiros, matemáticos e físicos.

•Inteligência visuo-especial: Essa dimensão está associada aos arquitetos, geógrafos e aos marinheiros, ou seja, profissões que percebem de forma conjunta o espaço e o administram na utilização e construção de mapas, plantas e outras formas de representações planas (Antunes, 2001, p.13).

•Inteigência corporal-cinestésica: Manifesta-se na linguagem gestual e mímica e se mostra muito nítida no artista e no atleta que não necessitam eleborar cadeias de raciocínio na execução de seus movimentos corporais.

•Inteligência musical: Para Antunes (2001, p. 13), a competência musical representa um sentimento puro na humanidade e está ligada à percepção formal do mundo sonoro e o papel desempenhado pela música como forma de compreensão do mundo.

•Inteligência interpessoal: Essa competência se revela por intermédio do poder do bom relacionamento com os outros e na sensibilidade para a identificação de suas intenções, suas motivações e sua auto-estima. Isso explica porque algumas pessoas têm grande empatia, sendo, geralmente, traços comuns a grandes líderes, professores e terapeutas.

•Inteligência intrapessoal: Essa dimensão pode ser identificada naqueles que vivem bem consigo mesmo, demonstram um comportamento autodidata no que se refere ao controle dos seus próprios sentimentos, emoções. A inteligência intrapessoal está naqueles que percebem suas limitações e partem para superá-las.

•Inteligência naturista: Essa inteligência foi, cronologicamente, a última a ser identificada por Howard Gardner. Ela refere-se à capacidade de perceber a natureza de maneira integral e sentir processos de acentuada empatia com animais e com as plantas, uma afinidade que pode estender-se a um sentimento ecológico, uma percepção de ecossistemas e habitats (Antunes, 2001, p. 198).

11.CICLO DE APRENDIZAGEM VIVENCIAL

Comprovadamente, a melhor forma de aprendizagem é a vivencial, uma vez que o ciclo de aprendizagem só se completa quando passamos por cinco fases:

•Vivência: Realização da atividade;
•Relato: Expressão e compartilhamento das reações;
•Processamento: Análise do desempenho, discussão dos padrões;
•Generalizações: Comparação e inferências com situações reais;
•Aplicação: Compromisso pessoal com as mudanças.

12.COMPONENTES DA COMUNICAÇÃO

•Fisiologia:Expressão corporal – responde por 55% do impacto da comunicação;
•Forma: Qualidade do som, entonação, ritmo, timbre, velocidade, volume, intensidade – 38% da comunicação;
•Conteúdo: Palavras – são responsáveis apenas por 7% da comunicação.

13.BREAKTROUGHT:

É um resultado inédito, fora do comum, um novo patamar. É algo que não seria possível pela ordem natural das coisas.
Break – quebrar
Through – através

14.COALISÕES

Grupos internos caracterizados por:

•Co-responsabilidades definidas;
•Compartilhamento de informações;
•Negociação para obtenção de resultados;
•Postura assertiva e não agressiva.

A formação destas coalizões permite aos agentes ter uma visão abrangente e capaz de gerar ações produtivas, incluindo o combate às resistências internas. Essas ações serão decididas e transformadas em realidade através das coalizões poderosas, alcançando objetivos e quebrando resistências.

15.PODER

É a capacidade de exercer influência, modificando o comportamento do outro.

16.FORMAS DE PODER

•Poder coercitivo: A fonte desta forma de poder é a capacidade que o influenciador tem ou, como é percebido, de punir o influenciado. Exemplo: Submeter pessoas a trabalhos indesejáveis com a ameaça de demissão.
•Poder de competência: Baseia-se na experiência, habilidade e conhecimento que o líder possui e que, através do conhecimento, inspira respeito e influencia aos outros.
•Poder de especialista: Fundamentado na capacidade e na competência técnica; a pessoa é respeitada em função do domínio que tem sobre uma área de conhecimento ou tecnologia.
•Poder de referência: Traços de personalidade fazem algumas pessoas serem admiradas ou apreciadas de tal forma que se tornam capazes de exercer influência e liderar pessoas.
•Poder legítimo: Aquele a que o indivíduo tem direito por estar ocupando determinado cargo ou função numa organização ou grupo.
•Poder de conexão: Baseado nas ligações com pessoas importantes ou influentes, dentro ou fora da organização. É o poder que tem como fonte a rede de relacionamentos do líder.

17.ESTÁGIOS DA EVOLUÇÃO DO CONFLITO:


•Antecipação: Surgem os primeiros sintomas;
•Conscientização: Estão presentes sensações de dificuldades, porém não expressas;
•Discussão: Os pontos de vista das partes são declarados;
•Disputa aberta: As discussões tendem ao antagonismo;
•Conflito aberto: As posições antagônicas estão definidas e a tendência é a radicalização.

18. SENTIDO DA VIDA

Victor Frankel, psiquiatra judeu, prisioneiro de um campo de concentração nazista durante a segunda guerra mundial, buscou compreender quem eram aqueles que sobreviviam ao terrível holocausto. Frankel concluiu que os sobreviventes não eram necessariamente os mais fortes ou jovens, e sim aqueles que tinham um motivo para sair dali: encontrar seus entes queridos, terminar um trabalho etc. Ele mesmo se “via” no futuro, enquanto lá estava, dando uma palestra sobre a psicologia dos campos de concentração em auditórios cheios e quentes, e isso lhe dava forças para agüentar todos os sofrimentos. Os que morriam eram aqueles que haviam perdido a fé e por isso tinham desistido de lutar. Ou seja, o que fazia diferença entre sobreviver ou morrer era a busca do sentido da vida.

19.TOMADA DE DECISÃO

Processo de identificação de uma situação – problema e escolha de uma linha de ação para resolvê-la ou aproveitar-se de uma oportunidade – é uma parte importante do trabalho de todo administrador. Surge um problema quando uma situação existente difere da situação desejada. Todo processo de decisão proporciona mudança, toda mudança é fruto de decisões e ambas encerram ricas oportunidades de aprender.
Embora ninguém que aborde o tema tomada de decisão possa garantir que o indivíduo envolvido tome e decisão correta, seguir as etapas do processo decisório permite maior probabilidade de se chegar a uma solução com qualidade. São quatro essas etapas:

•Examinar a situação
- Definir o problema
- Diagnosticar as causas
•Criar alternativas
- Buscar alternativas criativas
- Evitar avaliações prematuras
•Avaliar e selecionar asa alternativas
- Avaliar as alternativas
- Escolher a melhor alternativa
•Implementar e monitorar a decisão
- Planejar e implementar a decisão
- Monitorar a implementação e fazer os ajustes necessários

20. TIPOS DE LIDERANÇA

•Liderança autocrática: O líder, designado para a chefia do grupo por alguma autoridade, atua como dirigente e toma as decisões. O líder autoritário determina os programas do grupo, faz os planos mais importantes, só ele conhece a seqüência de passos futuros di grupo, só eles. É o encarregado de prêmios e castigos. Esse tipo de líder não tem confiança em que as pessoas possam tomar decisões judiciosas, escolher os objetivos mais adequados, e poder vencer as dificuldades. Tende a “produzir”, depois de certo tempo, indivíduos imaturos.

•Liderança paternalista: É um tipo de liderança autocrática, muito comum em governos, empresas e religiões. O líder é amável, paternal ante as necessidades do seu “rebanho”, mas sente que deve as decisões mais importantes em nome do grupo e pelo bem do grupo. Esse tipo de liderança evita as discórdias e produz uma ação de grupo feliz e efetiva. Um dos defeitos desse tipo de liderança é o crescimento e o desenvolvimento apenas dos líderes, que têm oportunidade de tomar decisões, cometer erros e aprender com a própria experiência. Esse tipo de líder entregar seu cargo a outra pessoas nunca está seguro de que outro líder possa conduzir seu grupo com tanta dedicação, eficiência e proteção com ele. Conta com o respeito e estima e é considerado o “paizão”.


•Liderança permissiva: É o produto de uma sociedade em transição. No meio da insegurança de uma democracia em processo de evolução, acredita-se que a melhor forma de dirigir é não dirigir em absoluto, deixando que os indivíduos maduros tenham uma completa liberdade, sem guia e sem controle ou ajuda. Na vida do grupo, essa forma de trabalho ou discussão totalmente incontrolada conduz freqüentemente as experiências insatisfatórias. Tendo em vista a natureza altamente individualista de nossa cultura, seus membros raramente aprendem mais habilidades de socialização, tolerância para as diferenças individuais e interesse coletivo, habilidades que são indispensáveis para uma ação efetiva de grupo.

•Liderança participativa ou democrática: Quando se atua de forma participativa, os membros trabalham em conjunto. Dá-se a máxima importância ao crescimento e ao desenvolvimento de todos. Nenhum deles é exclusivamente líder, pois a liderança está distribuída. O grupo trabalha seguindo o princípio do consenso e trata de obter dentro da área em que pode atuar por participação, em todos os objetivos, um elevado grau de relações interpessoais agradáveis para uma sólida base da resolução de problemas.

21.LIDERANÇA SITUACIONAL

A defesa de apenas um estilo como sendo o mais adequado é praticamente impossível, já que existem inúmeras situações pelas quais um grupo pode estar passando e que exigirá uma forma outra de liderança. Fatores como a maturidade dos seus membros, o relacionamento grupal, as crenças e valores pessoais, as diferentes tarefas que serão cumpridas e os prazos para execução, entre outros, deverão certamente influenciar no comportamento do líder
O papel do líder no novo milênio é mais o de mentor, guia e orientador do que propriamente o de um mentor, guia e orientador do que propriamente o de um chefe. A liderança eficaz consiste em fornecer aos colaboradores o que eles ainda não conseguem suprir por si próprios. O objetivo das ações do líder condições para que as pessoas se tornem cada vez mais autodirigidas e automotivadas.
A liderança situacional dividi-se em quatro estilos:

•Direção: Muita supervisão e pouco apoio. Faz-se necessário quando há a entrada de novos colaboradores na empresa, ou quando um colaborador recebe uma nova atribuição. Eles precisam ser dirigidos até atingir os objetivos traçados, pois necessitam de direcionamento constante para elaborarem suas tarefas até adquirirem segurança. Cabe ao líder dar direção e significado para aquilo que as pessoas fazem, pois cada uma delas possui personalidade, habilidades, atitudes, conhecimentos e sentimentos próprios que precisam ser direcionados para a socialização com a cultura da organização.

•Orientação: Muita supervisão e muito apoio. Pode ser aplicado quando os colaboradores necessitam de orientação para a aprendizagem das tarefas, mas também de apoio e estímulos crescentes. O líder deve fazer o acompanhamento freqüente dos colaboradores e, quando constatar que precisam de ajuda, orientá-los mediante o estímulo e percepção de novas necessidades, promovendo o repasse de seus conhecimentos e incentivando a produção de novas idéias.

•Apoio: Muito apoio e pouca supervisão. Aplica-se quando os colaboradores já desempenham suas atividades, mas ainda mostram insegurança, necessitando de apoio constante pata dar continuidade às suas tarefas. O líder deve proporcionar o estímulo à aprendizagem, apoiando as pessoas de maneira a aumentarem seu grau de segurança com relação a suas habilidades a capacidades, tornando-as autoconfiantes.


•Delegação: Pouco apoio e pouca supervisão. Este estilo é mais adequado quando os colaboradores já demonstram habilidade e segurança na execução de suas atribuições, tornando-se independentes e possuindo autonomia de decisão, conforme o seu nível hierárquico.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

ARTIGO: LEVE SEU GERENTE AO CINEMA


LEVE SEU GERENTE AO CINEMA
(artigo publicado no O Globo de 24/12/89, na coluna Recursos Humanos)

O
 presente artigo faz parte de um trabalho mais amplo, com o objetivo de estabelecer uma relação entre cinema e desenvolvimento gerencial. Cinema visto aqui na sua concepção ampla de arte abrangente, e não apenas como um filme ou um vídeo didático instrucional.
Com base em experiência de vários anos na área de administração e gerência e nos estudos realizados na área de cinema como interessada e pesquisadora do tema, busco traçar uma inter-relação estreita entre o potencial e perspectivas do cinema e sua utilização como uma opção válida e atraente no desenvolvimento dos gerentes.
Em princípio, não há tema que não possa ser abordado pelo cinema. Considerando sua pouca idade, jamais antes uma arte foi tão pesquisada, discutida e analisada.
Ao lado de ser um meio de narrar histórias, o cinema, há muito, tornou-se um meio de reflexão psicológica, política, religiosa, sociológica, ética e cultural. E, como área cultural, é também um campo de mudança. Como confirma André Bazin, um dos autores que se dedicaram a elaborar uma teoria do cinema, quando responde à sua própria pergunta: “Que é cinema?” É um processo sempre em crescimento, sempre se transformando e se revelando mais (as principais teorias do cinema, de J. Dudley Andrew).
Também sobre o assunto, Orlando Senna começa a apresentação do excelente “O século do Cinema”, de Glauber Rocha, com a frase “A vida é um filme sem roteiro”. E por espelhar a vida, tem sido intensa a participação do cinema nos conflitos sociais e na problemática humana.
Desde sua invenção, em 1895, são inúmeros os temas já abordados pelo cinema de forma magistral. Através dos filmes, já foram retratadas situações e fenômenos cujas alternativas e conseqüências nos forneceram diversos exemplos de problemas, questionamentos, pontos de reflexão, obstáculos, ameaças e desafios. Exemplos que refletem verdadeiras situações de laboratórios de treinamento tal a intensidade com que os fenômenos da vida são profunda e exaustivamente abordados.
Poucos meios podem mostrar com tanta veracidade situações vividas pelos gerentes no seu dia-a-dia nas organizações: Problemas de relacionamento humano; fatores críticos envolvidos no processo de tomada de decisão; situações ligadas a falta de ética; conflitos sobre decisões que, embora boas para as empresas, podem prejudicar empregados, clientes, acionistas e até a comunidade; situações de conflitos psicológicos; busca de equilíbrio de poder; dificuldades para harmonizar diferenças individuais e outros.
O cinema pode ser mais opção de desenvolvimento gerencial, principalmente se levarmos em conta que não se desenvolve o gerente, mas o todo que é a pessoa.
Sergei Eisenstein identificou nessa pessoa não o espectador passivo, mas o espectador como co-criador, ou seja, adotando as imagens da tela como se elas corporificassem sua experiência pro - cognitiva. Ele acreditava que o auge do filme ocorre quando a mente criativa sintetiza as idéias opostas que lhe dão energia.
Também Hugo Munsterberg, um dos fundadores da psicologia moderna e que tantas contribuições trouxe à administração, em sua obra “The Film: A Psychological Study” aborda um aspecto que ele chama de desenvolvimento cinematográfico externo, que é a tecnologia do meio; e um outro, desenvolvimento cinematográfico interno, que é a evolução do uso que a sociedade vem fazendo do meio. Para ele, o cinema é um processo mental. É sabido que os sentimentos não são expressos pelo filme. Eles resultam da reação dos espectadores; nascem de seus valores, de seus condicionamentos, de seus padrões e de suas histórias de vida.
O gerente, como pessoa que é, certamente incorporará, na sua trajetória gerencial, mensagens dos filmes às situações já vividas e por viver.
MENSAGENS COMO AS SEGUINTES:
Ninguém vê o mesmo fato da mesma forma. Cada pessoa vê ângulos e verdades diferentes porque as pessoas são diferentes e projetam sua individualidade na análise e interpretação dos fatos, como mostrou brilhantemente Akira Kurosawa, em “Rashomon”.
As conseqüências que podem advir de uma informação errada e atitudes preconceituosas estão presentes no tema abordado por Sidney Pollack, em “Ausência de MALÍCIA”.
Quantas situações já vivemos nas Empresas, semelhante à descrita por Vittorio de Sica, no “Jardim dos Finzi Contini”, em que uma família judaico-italiana tenta viver em pleno fascismo, isolada em sua casa, como se nada estivesse ocorrendo lá fora. Em outras palavras, quantas vezes nos fechamos no nosso pequeno mundo, alheios ao campo conceitual da Empresa?
Uma cruel reflexão sobre o poder, suas lutas e tramas é tema abordado com maestria pelo diretor Anthony Harvey, em “Leão no Inverno”.
“Doze Homens e uma Sentença”, de Sidney Lumet, é, além de um profundo filme de denúncia, uma das mais perfeitas formas de mostrar como as pessoas trazem para o grupo e a tomada de decisão, seus valores, seus condicionamentos e seus padrões de vida.
A relação é grande e, evidentemente, não se poderia esgotar aqui: “Ensaio de Orquestra”, de Federico Fellini; “Se meu Apartamento Falasse” de Billy Wilder; “Um cidadão Acima de Qualquer Suspeita”, de Elio Petri; “Pistoleiros do Entardecer, de Sam Peckinpah; “Tempos Modernos”, de Charles Chaplin; e “Serpico”, de Sidney Lumet, em que são analisadas questões relativas a resistências, ascensão oportunística na organização, poder formal como incapaz de cometer delitos, inversão de valores, o caráter de fragmentação das tarefas e a força das pressões que impedem a mucança de culturas estratificadas.
E AINDA:
“O Leopardo”, de Luchino Visconti, no qual é prescrita uma proposta de mudanças para que “tudo fique como está”.
Em conclusão, o cinema tem a propriedade de ser um sistema de significados. Ele não se limita a narrar os enredos. Por meio do simbolismo de suas ações, também produz idéias.
Assim, por que não utilizarmos mais esse instrumento de desenvolvimento gerencial nos programas destinados aos gerentes?
Em um programa gerencial de, por exemplo, cinco dias, uma tarde destinada à exibição de um filme, escolhido de acordo com o objetivo a que se destina, seguida de discussão sobre o tema abordado e seu paralelismo com o dia-a-dia da organização, pode trazer enorme contribuição para a percepção, reflexão e vivência em situações reais.